C O N T I N U A C Ã O
O garoto foi enganado
para ficar onde não queria
considerando-se abandonado
triste chorava de noite e de dia.
Na idade escolar,
não frequentou o ensino diurno
tinha que trabalhar
não lhe deram oportunidade
para o ensino de dia frequentar
oriundo da sacrificada saciedade
vitima da, infantil, exploração
o garoto triste vivia.
De uma cepa fez um pião
chorava mais do que sorria
obra da sua imaginação
aos seus amigos ele dizia...
O pião tinha um bico
na parte inferior
de madeira construído
na parte superior
tinha uma carapinha.
Da miséria sofredor
cama para dormir não tinha
colchão de palha no corredor
no chão, duro, de cimento.
Sonhava com a liberdade
de um feliz acontecimento
tinha muito vontade
de aprender a ler e escrever
encontrou a solução
para a escola de noite a correr
foi assim que aprendeu a lição,
proibida a exploração infantil
determinado pela revolução
dos cravos, em Abril!
(Eduardo Maria Nunes)
Poxa vida, eu senti na pele um pouco desse garoto. Também venho de uma família de retirantes e o meu colchão era de palha. Brinquedos não havia, a não ser as vaquinhas feitas de frutas: Mangas, goiabas, etc... Adorava a época do cultivo dos milharais, pois só então eu tinha as mais lindas bonecas. Com seus maravilhosos cabelos loiros, ruivos, pretos... Uma infância não tão doce, mas cheia de intensidade.
ResponderEliminarTenha uma tarde abençoada, beijos!
Que lindo! Adorei essa continuação! abração,chica
ResponderEliminarOlá... agradeço a visita e as palavras de carinho!
ResponderEliminarÓtima Quarta feira!
abração!
Oi Eduardo
ResponderEliminarLindo e triste poema, mas pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), a criança nem pode trabalhar hoje em dia, na minha época eu comecei com onze anos, e sou feliz hoje, tá certo que sou bipolar kkkkkkk, mas tirando isso, tenho uma família feliz. O pior é ver as crianças pedindo esmolas nos faróis da vida, isso é mais triste ainda ou roubando, vi isso hoje mesmo, um menino de quase da idade do meu filho, com treze anos, foi pego roubando. Trabalhar não pode, daí eles roubam, é muito pior. Me desculpe, falei demais.
Bjos. Fique com Deus!
http://ashistoriasdeumabipolar.blogspot.com.br/
Essa realidade por muitos foi vivida, retratando a verdade de uma vida sofrida. Saem oportunidades pra aprender tinha que trabalhar pra de fome não morrer. Oh vida oprimida, trocar seu pião talvez por um instrumento de trabalho, depois na idade adulta a lembrar, das horas perdidas ao invés de brincar. Dos sonhos ainda criança perdidos, trazendo no rosto as marcas vividas e levando lembranças por toda a vida.
ResponderEliminarE ainda hoje há tanta exploração... Abraços.
ResponderEliminarBelas passagens desse garoto...abraços de bom dia pra ti amigo..
ResponderEliminarMi querido Eduardo, tu letras son el retrato de la situación que muchos chicos sufren a diario.
ResponderEliminarProduce un poco de indignación ver que tan pequeños deban pasar por esas penurias... te dejo un fuerte abrazo,es un placer leerte!
Boa noite...Eduardo querido!
ResponderEliminarTe envio meu mais doce abraço...
um carinho aqui do Brasil...
no teu coração romantico.
te adoro
vera portella
Querido amigo!
ResponderEliminarUma poesia escrita com o coração,
retratando uma triste realidade.
Você é formidável!
Abraços e tudo de bom pra ti.
Eu revivi os tempos da ditadura...
ResponderEliminarque parecem tão perto de novo...
Maravilhosa escrita, a tua.
Obrigada
Meu querido !!!
ResponderEliminarAgora vendo que tudo foi real,vejo que quase todas as historias de uma criança do passado tem seus relevantes naufrágios ...eu fico na sensibilidade votada...
bjsssssssssssssssssss