sábado, 8 de setembro de 2012

"POR ESTRADAS E VEREDAS A CANTAROLAR!"

Tocava o despertador,
 na capoeira o galo a cantar
no seu poleiro impostor
estava na hora de levantar,
novo dia nascer, antes do sol iluminar
todos os caminhos e novas esperanças.
Na aldeia a labuta cedo começar
pegavam nas sacolas, as crianças
para as escolas a caminhar,
com as suas infantis brincadeiras
por estradas e veredas a cantarolar
enquanto aconchegavam os adultos
dentro de suas, alcofas, lancheiras
pão duro e azeitonas sem mais condutos,
já o estômago estava a reclamar
antes de seguirem para as jeiras 
comer uma bucha para se acalmar.
Com juntas de bois e parelhas
iam para o campo a terra lavrar
vê-las na luz dolente do sol-posto
era assim, na aldeia todo o ano a labutar,
vida dura de muito sofrimento deixado no rosto
lá se nascia e se vivia, até morrer a trabalhar
com as romarias e muito calor no mês de Agosto!
Chica diz:
Todo aquele calor no passado
durante anos e anos assim vividos
mas, parecia diferente, nada errado
todos os momentos eram usufruídos.

Com calor, fome, cabeça, no sol
lá iam os trabalhadores o dia iniciar
mais um dia até o arrebol
lá iam eles pra suas vidas ganhar!
http://sementinhasparacriancas.blogspot.pt/
Gracita diz:
Eita que poema me despertou
doces lembranças da minha infância.
A vida no campo é sempre uma labuta sofrida,
mas depois da tarefa executada vem o prazer
pelo merecido descanso.
Versos fortes com uma linda história
de amor pelo trabalho da terra.
http://gracitamensagens.blogspot.pt/
Simone MartinS2 diz:
Boa tarde Edumanes,
gostei do jeito simples,
porém, carinhoso onde tu
descreves teus sentimentos
passados da vida sofrida, mas
também festiva...Jeito gostoso
de ler um conto poético sobre,
a labuta do dia a dia!
http://modosuavedeescrever.blogspot.pt/
Anita diz:
Pequena via meu avô a labutar a terra
com tal sentimento de respeito
a nos contagiar com sua magia
Homem simples do campo
que do campo fazia sua estrada
de vida a cada alvorecer.
Não tinha pretensões a riqueza material,
suas pretensões eram da riqueza da terra,
da labuta suada do sol
do que ali se plantava e produzia.
Homem simples de sabedoria infinita.
http://intimasintencoes.blogspot.pt/
Sônia Amorim diz:
Uma vida dura dá pra notar,
mas imagine como era gostoso viver lá,
pés descalços, terra molhada a pisar,
vida natural onde nada existia de ruim
que pudesse apagar o brilho do sol
de todos os dias ao se levantar,
com o galo a cantar,
seria mais um despertar
de um dia de luta para trilhar,
nos caminhos a cantarolar,
música para a alma encantar!
http://escritorauniversoparalelo.blogspot.pt/
may lu diz
Com o tempo aprendi
que nem sempre a vida é bela...
Porém, compreendi
que posso pintá-la com várias cores.
À minha maneira
trago nos os olhar as cores
do arco-íris.
Que de tantas cores
coloriu minhas tristezas.
E preservou-me menina que sorriu.
http://mayluescalada.blogspot.pt/
rosa-branca diz:
Nunca andei no campo, mas ouvia muitas
vezes os relatos sofridos dos meus avós paternos.
Trabalhar de sol a sol, uma côdea de pão seco
para o almoço e pouco mais.
E o meu avô quando se referia à enxada e ás dores
que tinha nas costas dizia sempre.
:-Raio da ferramenta que anda à frente
e morde atrás...Eram tempos muito sofridos,
por vezes com famílias com 6 3 7 filhos
e não tinham que lhes dar de comer.
O meu pai dizia que uma sardinha era para três
Confirmo.
http://roseira-branca.blogspot.pt/

29 comentários:

  1. É vdd o que disse quando íamos visitar minha tia na fazenda em que morava no Parana, acordavam as 4 da manhã pra tirar leite, depois iam pro cafezal achava engraçado que o almoço era por volta das 9 da manhã...tempo dificil, mas com certeza feliz.

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  2. Todo aquele calor no passado
    durante anos e anos assim vividos
    mas, parecia diferente, nada errado
    todos os momentos eram usufruídos

    Com calor, fome,cabeça no sol
    lá iam os trabalhadores o dia iniciar
    mais um dia até o arrebol
    lá iam eles pra suas vidas ganhar!


    LINDO teu poema!!abração,ótimo fds!chica

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  3. Olá Edu, estou passando para lhe desejar um lindo final de semana, gostei do poema...
    É incrível seu talento,seja qual for o tema, parabéns! Bjs! Fernanda Oliveira

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  4. Eita que poema me despertou doces lembranças da minha infância. A vida no campo é sempre uma labuta sofrida, mas depois da tarefa executada vem o prazer pelo merecido descanso. Amei o poema. Versos fortes com uma linda história de amor pelo trabalho na terra.
    Bom fim de semana. Beijos.
    Gracita

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  5. Boa tarde Edumanes,
    gostei do jeito simples,
    porém, carinhoso onde tu
    descreves teus sentimentos
    passados da vida sofrida, mas
    tambem festiva...Jeito gostoso
    de ler um conto poetico sobre
    a labuta do dia a dia!
    Gostei...Abraços e obrigada pelo
    carinho de tua visita, ja estava
    com sdds...:)

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  6. hummm! divaguei...para o tempo e as histórias das fazendas de minas gerais, contadas por minha avó.
    amei!
    bjs no coraçao

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  7. Pequenina via meu avô a labutar a terra
    Com tal sentimento de respeito
    a nos contagiar com sua magia
    Homem simples do campo
    que do campo fazia sua estrada de vida a cada alvorecer.
    Não tinha pretensões a riqueza material,
    suas pretensões eram da riqueza da terra,
    da labuta suada no sol
    do que ali se plantava e produzia.
    Homem simples de sabedoria infinita.

    Beijos suculentos e aquele domingo especial para você e todos à quem ama,
    Anita

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  8. Olá, amigo. Estava com saudades! Que bela rima. Ficou perfeita amigo! Chica e Gracinha a acompanhar. Estradas e veredas a cantarolar. Essa é a vida do campo! Beijos e um feliz domingo pra ti!!

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  9. Bom dia amigo Eduardo! Tenha um dia maravilhoso recheado com as gostosuras da vida... muitos abraços, uma grande dose de carinho e muitos beijinhos para colorir a sua vida e alegrar seu doce coração. Meu beijinho com carinho e muita ternura pra ti
    Gracita

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  10. Uma vida dura dá pra notar,
    mas imagine como era gostoso viver por lá, pés descalços, terra molhada a pisar, vida natural onde nada existia de ruim que pudesse apagar o brilho do sol de todos os dias ao se levantar, com o galo a cantar, seria mais um despertar de um dia de luta para trilhar, nos caminhos a cantarolar, música para a alma encantar!
    Lindo amigo, desejo um lindo domingo com muito carinho para ti, beijos

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  11. Bom Dia A todos os participantes desse belíssimo grupo de poeta e poetisa.
    Muito me alegro em ler versos tão lindos formando assim um poema lindo de se ler.
    Eduardo ,,meu padrinho cada vez que venho colocar em ordem a leitura nos seus blogs vejo quanta coisa linda você tinha guardado no coração para escrever.
    Um feliz Domingo beijos no coração fica com Deus.

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  12. Um poema recheado de saudades,,,de lembranças...nostalgia de alma..abraços amigo e uma bela semana pra ti.

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  13. Olá, meu querido amigo! Com o tempo aprendi que nem sempre a vida é bela... Porém, compreendi que posso pintá-la com várias cores. À minha maneira, trago no olhar as cores do arco-íris. Que de tantas cores, coloriu minhas tristezas. E preservou-me a menina que sorriu... Beijos!

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  14. Olá!Boa noite!
    Eduardo!
    ah...hoje, vou deixar uma do F.Pessoa:
    "A vida é para nós o que concebemos dela. Para o rústico cujo campo lhe é tudo, esse campo é um império. Para o César cujo império lhe ainda é pouco, esse império é um campo. O pobre possui um império; o grande possui um campo. Na verdade, não possuímos mais que as nossas próprias sensações; nelas, pois, que não no que elas vêem, temos que fundamentar a realidade da nossa vida."
    Boa semana!
    Abraços

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  15. Lindo! Lindo demais!!!
    Belos poemas, que retratam com tanta fidelidade momentos mágicos e nostálgicos de um passado... que nos fez chegar aqui.
    Abraços amigo! Tudo de bom pra ti.

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  16. Eduardo,

    Apesar de sentir muita inspiração em meu coração, não sei passar para a parte escrita.Rs

    Muito lindo tudo que você escreve.
    Muito obrigada pelo lindo poema lá no Sementinhas da nossa amada Chica.
    Vou vir sempre aqui pra ler seus encantos.

    Um lindo e abençoado dia. Beijos

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  17. Meu amigo, nunca andei no campo, mas ouvia muitas vezes os relatos sofridos dos meus avós paternos. Trabalhar de sol a sol, uma côdea de pão seco para o almoço e pouco mais. E o meu avô quando se referia à enxada e ás dores que tinha nas costas dizia sempre:- Raio da ferramenta que anda à frente e morde atrás...Eram tempos muito sofridos, por vezes com famílias com 6 e 7 filhos e a não tinham que lhes dar de comer. O meu pai dizia que uma sardinha era para três...Adorei o seu post. Beijos com carinho

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  18. Cresci com esta vida bem presente.
    Minha avó contava da sardinha a dividir por três e decomer queijo sem pão ser um desgoverno. Depressa tudo se alterou.
    Contudo, parece que tendemos a voltar a tepos tão escassos.
    Tenho pena das crianças que não conhecem essa vida e o futuro não lhes parece sorrir.
    Um tema muito actual e com tantos a identificarem-se.
    Parabéns, Eduardo!

    Beijinho

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  19. Como sempre o encantamento de tuas postagens é inconfundível.Ao ler tantos poemas com tanta rima jeitosa e sentimentos variados,é difícil não visitá-lo todos os dias.Um grande abraço para meu grande amigo.

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  20. Uma bela semana pra ti meu amigo...paz e poesias sempre...abraços fraternos....

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  21. Bom dia amigo! Lindo sua rima. Perfeita participação dos amigos! Deixo aqui meu carinho e uma feliz semana. Beijos!

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  22. Um belo dia pra ti meu amigo...paz e poesias sempre...abraços fraternos...

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  23. Havia fome, mas havia trabalho.
    Agora, o trabalho vai faltando e a fome aumentando!
    Já não se ouve a ceifeira a cantar,
    agora a música é outra...

    Boa terça Eduardo :)
    Beijo
    Sónia

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  24. Pequenas aldeias, pequenas comunidades, o jeito simples de se viver para ganhar o pão de cada dia.
    Dificuldades e sacrifícios que geraram sabedoria. Bjs.

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  25. Boa tarde meu indiozinho querido!!!!!!
    Muito bom viajar neste texto,onde colocas a vida passada numa vida presente,onde me veio recordação infinitamente de um passado vivido,entre campos...vida singular,com as dificuldades a reinar.
    O bom foi os amigos interagir de forma poética o que já se viveu na dura realidade.
    desculpa a ausência,estava vagando por ai,rsrrsrsrsr
    Bjs da amiga maruja!!!!!!!!

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  26. Meu amigo isso é que eram vidas dificeis, com pouco dinheiro, muita luta e muito sofrimento. A minha mãe conta muitas vezes como era dificil ceifar com o calor abrasador do Alentejo, era uma vida de trabalho e canseira.
    Como sempre um belissimo poema.
    Beijinhos
    Maria

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  27. Passando para deixar meu carinho com votos de um lindo dia para ti amigo poeta , beijos

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  28. Obrigadão!Lindo e está lá! abraços,chica

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  29. Um belo dia pra ti meu amigo...abraços fraternos..

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